quinta-feira, 18 de abril de 2013

A Importância Teológica da Historicidade de Adão



A historicidade literal de Adão como o primeiro ser humano, criado por Deus, do pó da terra, é teologicamente importante? Ou seja, alguém poderia negar a historicidade de Adão como o primeiro ser humano criado e, ainda assim, sustentar todos os ensinos essenciais da teologia evangélica?

As respostas para estas perguntas centralizam-se em (1) se a Bíblia apresenta Adão como o primeiro ser humano histórico e literal, (2) se há uma conexão bíblica entre o Adão histórico, em sua criação e queda, e certas doutrinas associadas normalmente com o Adão histórico, e, (3) se isso é verdade, quais seriam estas doutrinas e qual seria a natureza da conexão. Quero sugerir duas linhas de resposta que tencionam abordar estas três perguntas.

Primeiramente, a historicidade de Adão como o primeiro ser humano literal é ensinada e admitida em toda a Bíblia. A linguagem e as descrições de Adão em Gênesis 5.3-5 – número de anos que ele viveu depois do nascimento de Sete, o fato de que ele teve outros filhos e o número total de anos que ele viveu – são idênticos à linguagem e as descrições usadas a respeito de outros personagens históricos em Gênesis e em outras partes da Bíblia (cf. o resto de Gn 5; Gn 11.10-26; Gn 25.7-11; 1 Cr 1-9). O cronista inicia a sua extensa genealogia de Israel com "Adão", que dá início a toda a raça humana. Jó contrasta a sua fraqueza diante de Deus com Adão, que encobriu a suas transgressões (Jo 31.33). Oseias compara a desobediência de Israel com Adão, que transgrediu a aliança com Deus (Os 6.7). Lucas alicerça a genealogia de Jesus no primeiro homem, Adão, o filho de Deus (Lc 3.38). Jesus entendeu Adão e Eva como pessoas humanas literais, criadas por Deus e, depois, unidas no primeiro casamento de um homem com uma mulher (Mt 19.4-6; Mc 19.6-9). As referências de Paulo a Adão como o primeiro ser humano em Romanos 5.12-18, 1 Coríntios 11.7-9. 1 Coríntios 15.21-22 e 2 Timóteo 2.13-14 são, inconfundivelmente, a respeito desta pessoa histórica que foi criada à imagem de Deus (1 Co 11.7), antes da mulher, que procedeu dele (1 Co 11.8; 1 Tm 2.13), e que pecou, trazendo o pecado e a morte para todos os seus descendentes (Rm 5.12-18; 1 Co 15.21-22). Por último, Judas 14 se refere à pessoa histórica de Enoque, o sétimo depois de Adão, que também seria entendido como histórico. Uma leitura atenta destes textos apoia a conclusão de que a própria Bíblia trata, repetidas vezes e sem exceção, Adão como uma pessoa histórica literal, o primeiro humano criado por Deus.

Em segundo lugar, a historicidade de Adão é teologicamente importante? Sim, ela é importante pela simples razão de que a teologia conectada com Adão é teologia arraigada na história e impossível de ser explicada sem essa história. Ou seja, há claramente uma conexão bíblica entre o Adão histórico e a teologia associada com ele, e a conexão é tal que a teologia depende dessa história e não existiria sem ela. Ou, dizendo-o em outras palavras, essa história gera a teologia. Como você não pode ter um filho sem uma mãe, também não pode ter esta teologia sem a história que a traz à existência.

Considere, por exemplo, algumas áreas cruciais da teologia associadas com a historicidade verdadeira e literal de Adão. Primeira, a criação do homem à imagem de Deus envolve a criação literal do primeiro ser humano à imagem de Deus, o ser humano que se torna, por assim dizer, a fonte de todos os outros seres humanos que são, igualmente, à imagem de Deus. Gênesis 5.3 faz a notável observação de que Adão, aos 130 anos de idade, "gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete" (Gn 5.3). A linguagem neste versículo é, inconfundivelmente, a mesma de Gênesis 1.26. Embora a ordem das palavras "imagem" e "semelhança" esteja invertida, parece que tudo que se diz antes a respeito de o homem ser criado à imagem e semelhança de Deus é dito aqui, quando Sete é gerado à imagem e à semelhança de Adão (Gn 5.3). O paralelismo desta linguagem nos leva a concluir que Sete nasceu à imagem de Deus (o que ele realmente era, cf. Gn 9.6) somente porque nasceu à imagem e à semelhança de Adão. Sem a conexão histórica e literal, de fato, biológica, entre Adão e Sete, o status de imagem de Deus em relação a Sete não existiria. E, se isso era verdade quanto a Sete, é verdade também quanto a nós. Não somente a nossa identidade biológica remonta ao Adão histórico, mas também o nosso estado como seres criados à imagem de Deus remonta ao primeiro homem, o primeiro ser humano histórico, Adão.

Segunda, a queda do homem no pecado é um ensino teológico central fundamentado precisamente no que aconteceu na história. Paulo resumiu o argumento nestes termos: "Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Co 15.21-22). Considere quatro observações: (1) Adão trouxe a morte ao mundo (15.21a). (2) Todos os humanos que procedem de Adão estão sujeitos à morte (15.22a). (3) A reversão do pecado e da morte de Adão acontece na realidade histórica do triunfo de Cristo por meio de sua ressurreição dos mortos (15.21a). (4) Todos os humanos unidos a Cristo serão vivificados (15.22b). A realidade histórica da ressurreição de Cristo, pela qual os que estão em Cristo são ressuscitados para viverem para sempre, é correspondente, nesta passagem, à realidade histórica do pecado de Adão, que trouxe pecado e morte para todos em Adão. A linha histórica não pode ser cortada sem eliminar a teologia correspondente. O pecado original em Adão e a vida eterna em Cristo estão ligados intrínseca e necessariamente à história.

Terceira, nossa teologia de gênero e sexualidade está intrinsecamente ligada à criação do primeiro casal humano e à natureza da união conjugal designada por Deus para eles. Quando Jesus se referiu a Gênesis 2, e quando Paulo aludiu a aspectos de Gênesis 2 e 3, ambos entenderam Adão e Eva como pessoas históricas reais que exemplificavam a união vitalícia, em uma só carne, de macho e fêmea que Deus planejou e trouxe à existência. Por sua queda histórica, Adão e Eva apartaram-se do desígnio de Deus e produziram distorções pecaminosas tanto das relações de gênero como da sexualidade humana. Nossa teologia de gênero e sexualidade não é dissociada da história. Pelo contrário, o desígnio criado por Deus foi exemplificado, inicialmente, no primeiro homem e na primeira mulher originais. E tanto Jesus como Paulo se referiram a este desígnio trazido à existência por Deus e vivenciado realmente no Éden. De modo semelhante, as perversões do bom desígnio de Deus estão arraigadas na rebelião histórica contra Deus e contra seus caminhos que aconteceu na história, registrada para nós em Gênesis 3. Tanto neste como em outros assuntos, a teologia e a história estão entretecidas de tal modo que a historicidade de Adão é essencial à esta teologia. Esta teologia depende dessa história e não existiria sem ela.


Autor : Bruce Ware

sexta-feira, 29 de março de 2013

Homossexualismo continua sendo pecado!


Como cristão verdadeiro, sou daqueles que não abre mão dos valores fundamentais da doutrina cristã. Continuo crendo na inspiração divina e inerrância da bíblia, em Cristo como único caminho para a salvação, na ressurreição e retorno de Jesus Cristo para buscar os seus, etc. No entanto, existem os cristãos progressistas, que, relativizando as escrituras, abandonaram tais verdades do cristianismo primitivo e que também desconsideram a verdade de que o homossexualismo foi e continua sendo pecado.

Existem no nosso meio, uma meia dúzia de cristãos liberais que não consideram a verdade bíblica de que a prática homossexual é um pecado grave aos olhos de Deus. Para estes, a bíblia deve se adaptar a seus modos de vida e ao tempo atual. Assim sendo, negam as verdades de que o evangelho pregado por Cristo e os Apóstolos é um evangelho de renúncia(Mt 16:24), e de que a mensagem das Escrituras é imutável(Mt 24:35,Gl 1:8, 1Pd 1:23).

Muitos cristãos, defensores do homossexualismo, tem lido e interpretado textos da bíblia ao seu  bel-prazer na tentativa  de buscar justificativa para seus pecados. Tais cristãos se valem de argumentos infundados como por exemplo o de que " foi Paulo, e não Jesus que condenou o homossexualismo". 
Pois é, este é um dos argumentos utilizados por estes deturpadores da imutável palavra de Deus. 

Caro leitor, a bíblia é muito clara quanto a homossexualidade. Cristo é claro em dizer que Deus fez macho e fêmea, e de que o homem deixará pai e mãe e uni-se-á a sua MULHER( Mc 10:6-9). As palavras de Cristo registradas em Marcos 10:6-9 são muito claras. O Senhor deixa claro que o homem foi feito para a mulher e a mulher para o homem, e o que passar disto é pecado . 

O Apóstolo Paulo baseava-se nos ensinos de Cristo quando disse :

"Trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens do homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis. Por isto Deus os entregou, segundo o desejo de seus corações, à impureza em que eles mesmos desonraram seus corpos..., suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração".(Rm 1:23-27)

Assim como o Apóstolo Paulo, sou a favor da família tradicional. Deus criou macho e fêmea, e é através desta base(união sexual entre homem e mulher), que se consolida a vontade de Deus que é "Crescei e multiplicai "(Gn 1:28, 9:1,9, Jr 29:6). A homossexualidade tem anulado este propósito de Deus, sendo assim é pecado, queira alguém ou não.

A tentativa do homem em querer adaptar a bíblia às suas próprias vontades é um grave desvio, pois a bíblia não muda. Passará os céus e a terra mas as palavras de Cristo não hão de passar (Mt 24:35). Sendo assim, a única saída para os homossexuais é confessarem os seus pecados e terão a partir de então a vida transformada pelo poder do evangelho(Rm 1:16)

Soli Deo Gloria

Álvaro Rodrigues

quinta-feira, 14 de março de 2013

O Apóstolo Paulo era Machista e preconceituoso?



É nítido em nossos dias o crescimento de pessoas que relativizam as escrituras . Pseudos-Teólogos, pastores e líderes que, influenciados por um evangelho filosófico baseado na lógica humana, questionam a excelência do apostolado de Paulo . Tais Teólogos , líderes e pastores afirmam que nem tudo que Paulo escreveu pode ser considerado como verdade divina, visto ter sido paulo um preconceituoso e machista. Na verdade, estes apóstatas não suportam a sã doutrina e desviam os ouvidos da verdade( 2 Tm 4:3,4), e se pudessem arrancariam das escrituras as epístolas paulinas . Vejamos então a  definição de "machismo" e assim sendo, notaremos se tais acusações procedem .



Machismo ou chauvinismo masculino é a crença de que os homens são superiores às mulheres .



Vários textos escritos por Paulo são distorcidos e mal interpretados por feministas e inimigos do evangelho. Textos que tratam  da submissão da esposa ao marido tais como  "Efésios 5:22, Colossenses 3:18" entre outros, tem sofrido nas mãos de tais pessoas, pois para estas o termo "submissão" implica em "inferioridade". Pois é, os críticos do Apóstolo insistem na fraca argumentação de que este pregava a "inferioridade feminina". Porém o próprio Paulo responde a esses ignorantes quando diz : "Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. " (Gálatas 3:26-28). Paulo é enfático, para ele todos somos iguais, pois somos um em Cristo.

Quanto a submissão da mulher ao marido(que não implica em inferioridade), ela é no Senhor, ou seja, a  mulher por ser submissa não se torna escrava e muito menos um objeto do marido. Para melhor dizer, de acordo com a bíblia, quando se fala em submissão da mulher ao marido se está falando do papel de liderança que foi confiado ao homem . Cada um tem o seu papel, a mulher deve submeter-se ao marido como Cristo se submeteu a Deus, e o marido deve amar a mulher como Cristo amou a igreja, ou seja, com amor incondicional(Ef 5:22-32) . Note que no texto de Efésios 5:22-32 o Apóstolo Paulo ordena por TRÊS VEZES que o  marido ame a sua esposa; outra prova de que o ensino de Paulo não era um ensino machista.

 Ainda sobre a submissão devemos nos lembrar que ela  não é exclusividade das mulheres. Efésios 5:21 diz : "sujeitando-vos uns aos outros". Todos nós vivemos debaixo de alguma autoridade. Deus delega autoridades(líderes) em todas as áreas da vida : Civil(Rm 13:1-3), Trabalho(Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2), Igreja (1 Co 14.40; Hb 13.7-8; Hb 13.17) e família(Ef 5.22-24; Ef 6.1-4) . Todo grupo social precisa de um líder, e não é diferente com a família . O líder do lar( O homem) deve ser o protetor e provedor da família, e não um ditador !



Outros textos que são mal interpretados pelos críticos de Paulo, são 1 Coríntios 14:34,35 e 1 Timóteo 2:11-14 : 



"As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja." (1 Co 14:34-35)



"A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição.Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. " (1 Timóteo 2: 11-14)



Os acusadores de Paulo argumentam que estes versículos são a prova de que Paulo considerava as mulheres inferiores aos homens . No entanto, veremos qual o real sentido dos textos em questão.



Para o texto de 1 Coríntios 14:34,35 , o certo é interpretar o versículo 34 pelo versículo 35. Quando Paulo afirma que as mulheres deveriam ficar em silêncio, ele estava proibindo-as de interromperem o culto com perguntas, pois, muito provavelmente era isto que estava acontecendo de acordo com o versículo 35; as mulheres estavam fazendo perguntas que poderiam ser feitas em casa nos momentos de culto . O Apóstolo em momento algum proibiu o direito das mulheres de se expressarem(falarem) no momento devido, pois o mesmo afirma o direito das mulheres de profetizar(1 Co 11:5)

Já o texto de 1 Timóteo 2: 11-14 , Paulo nos quer transmitir a verdade de que não está permitido a mulher  ensinar na igreja de modo normativo e terminante. Pois essa tarefa foi dada ao homem(Ef 4:11, 1 Tm 3:1-13). Porém, a mulher tem total permissão para pregar o evangelho(Mc 16:15), profetizar na igreja sob o impulso do Espírito Santo( 1 Co 11:5,6, 12:10, 14:3), instruir homens e mulheres (At 16:14,40) , servir ao corpo de Cristo( Rm 16:1-27).

Diante do que já foi exposto, reafirmo que,  a ideia de que "Paulo era machista" não resiste à luz dos seus próprios escritos(divinamente inspirados). Que Deus nos guarde , e nos dê a sua graça para que possamos permanecer fieis a sua palavra .



Que Deus nos abençoe !



Álvaro Rodrigues

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Para onde vai nossa alma depois que morremos?



Você pergunta : Para onde vão as almas das pessoas depois que elas morrem? Elas já vão para o céu e para o inferno ou permanecem em algum lugar intermediário dormindo? As almas dos falecidos conseguem se comunicar com os vivos e interagir com o nosso mundo?

Caro leitor, todas as almas são propriedade exclusiva de Deus. Ele as criou e elas são Dele. Assim, a Bíblia diz que quando uma pessoa morre, seu espírito volta a Deus. “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12.7).


A morte também sela o destino da pessoa. Todos morrem ou salvos ou condenados. Ninguém morre com seu destino final indefinido. Assim, a morte é a batida final do martelo na vida de todos nós. “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9. 27). Morremos uma só vez e depois disso vem sobre nós o juízo. O “juízo” já é uma espécie de julgamento que separam salvos e condenados após sua morte. Esse juízo de Deus separa os salvos para o céu e os condenados para o inferno. Todos, em seus respectivos lugares, aguardam a volta de Jesus Cristo e o dia do grande juízo final.


A Bíblia não nos autoriza a pensar que o espírito fica dormindo aguardando a segunda volta de Jesus Cristo ou em um lugar intermediário. O nosso espírito fica consciente após a morte e aguarda o cumprimento de toda a palavra de Deus na volta de Jesus Cristo (os condenados aguardam no inferno e os salvos no céu). Alguns textos nos indicam essa realidade. Um deles é o que mostra o ladrão que se arrependeu ao lado de Jesus na cruz. “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23. 43). Observe que Jesus lhe promete que, após morrer, já se apossaria do paraíso, sem lugares intermediários.

Outro texto que apóia essa realidade é a parábola de Jesus a respeito do rico e do mendigo. O rico morre e vai para o inferno. O mendigo de nome Lázaro também morre, mas vai para o céu. “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lc 16. 22-23). Nenhum deles se encontra dormindo. Todos estão acordados e conscientes.


Jesus não usaria uma inverdade como pano de fundo de uma parábola. Assim, essa parábola aponta sim para o destino final de cada um de nós após a nossa morte: Conscientes e já no lugar determinado por Deus.

Com relação a comunicação de vivos com espíritos de pessoas falecidas, não há essa possibilidade. A Bíblia não diz nada que apóie essa ideia, pelo contrário, é totalmente contrária a essa prática. “Quando vos disserem: Consultai os necromantes [pessoas que consultam os mortos] e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8. 19).


Qualquer tipo de comunicação com pessoas falecidas, na verdade, é uma comunicação com demônios enganadores, pois as pessoas falecidas, como demonstrado acima, estão já em seus lugares determinados por Deus aguardando o grande dia da volta do Senhor Jesus Cristo e o cumprimento de toda a palavra determinada por Deus.

Por : André Sanchez

Fonte
Esboçando Ideias 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Bento XVI: Autêntico, mas errado .


Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, surpreendeu o mundo católico ao anunciar que vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro deste ano. Não o reconheço como um verdadeiro líder da igreja de Cristo, mas devo reconhecer que ele se mostrou autêntico nos anos em que ficou a frente do Vaticano.

Diferentemente de seu antecessor, João Paulo II, Bento não procurou ser popular. Com certeza, em relação a ele não cantaríamos “este papa é pop”. Ele se manteve firme (e nisto concordamos) em combater o aborto e o homossexualismo como pecados diante de Deus. Não transigiu ante às pressões do politicamente correto e do intelectualismo permissivo. Se comportou como um ardoroso defensor da doutrina católica.

Contudo, a autenticidade não nos livra do erro. A igreja de Roma, como todas as outras, são formadas de pecadores, e por isso seus fieis cometeram inúmeros erros no passado, e ainda o cometem hoje. Ocorre, que há erros institucionalizados na igreja católica, doutrinas que carregam o ranço da intolerância e da violência. Estes ensinos não foram revistos nem por João Paulo II, nem por Bento XVI.

Cito como exemplo, a inquisição e a violenta colonização colocadas em ação pela igreja romana em tempos passados. Milhares de pessoas foram mortas em nome da fé católica. Isto não foi um acidente de percurso, ou falhas de alguns fieis. Antes, foi o cumprimento da própria doutrina da igreja. Ensino que foi ratificado no texto da encíclica Quanta cura, promulgada em 1864 pelo papa Pio IX. Este documento trazia um silabo de erros, uma lista de oitenta proposições modernas que os católicos não deviam aceitar[1]. Cito alguns itens:


18 – Que o protestantismo é nada mais do que uma forma diferente da mesma religião cristã, em que é possível se agradar a Deus tanto como na verdadeira Igreja Católica;

24 – Que a igreja não tem autoridade para usar de força, nem tem nenhum poder temporal, seja direto ou indireto;

55 – Que a igreja deve ser separada do Estado e o Estado da igreja;

77 – Que em nossos tempos já não é mais conveniente que a religião católica seja a única do Estado, nem que se excluam todos os outros cultos.[2]

Deste modo, constato que Bento XVI foi autêntico, mas ainda errado, porquanto não ousou confrontar as doutrinas católicas com os mandamentos bíblicos. Isto serve de lição para qualquer cristão. Seguimos com ardor o credo de nossa igreja, mas este resiste à luz da Palavra de Deus? Devemos, pois, observar o pensamento do escritor americano Joseph Campbell: “Talvez não exista nada pior que alcançar o topo da escada e descobrir que você está na parede errada”.

Autor : George Gonsalves

Fonte : http://www.gracaesaber.com/2013/02/bento-xvi-autentico-mas-errado.html