segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Deus como única justificativa válida para a definição objetiva do certo e do errado



Se tudo não passa de um mero produto materialista-evolutivo, não há, portanto, fundamento algum pelo qual se pode derivar qualquer concepção sobre o certo e o errado. Tudo não passa de mera especulação irracional. Ora, a natureza e matéria não nos transmite obrigação moral sobre o que se pode definir como certo ou errado. A natureza não nos revela o dever. As ações tidas ou definidas como moralmente certas ou erradas nascem de leis que definem  que tais ações são certas ou erradas. E, além disto, se há lei, há também um legislador. Assumindo essa perspectiva, somos levados a nos aprofundar ainda mais na discussão: as leis que definem que determinadas ações são certas ou erradas são de fonte objetiva ou relativa?  Se assumirmos que elas derivam de fonte relativa, a consequência lógica é a de que o certo e o errado são também relativos, logo, tais conceitos podem mudar amanhã e não haveria nada de logicamente errado definir como certa as atitudes erradas dos maiores psicopatas da história da humanidade, afinal, tudo é uma questão relativa.

Mas, se por outro lado, assumirmos que o certo e o errado são conceitos objetivos e independem de opiniões, somos obrigados a aceitar que a fonte desses conceitos também é objetiva. Conceitos absolutos, por necessidade, derivam de fonte absoluta. O homem como um ser não-necessário não pode derivar verdades e conceitos objetivos e absolutos. Verdades e conceitos absolutos só podem derivar de um ser absoluto. Desta forma, se o certo e o errado são conceitos absolutos, eles derivam de leis absolutas, e como não há lei sem um legislador, o legislador também precisa, em si mesmo, ser absoluto. Sendo assim, somos levados a conclusão de que um ser absoluto impôs leis absolutas. Deus é um ser absoluto, logo, Deus é a fonte do certo e do errado e não a natureza, o processo evolutivo e muito menos as leis dos homens.

Soli Deo Gloria

Álvaro Rodrigues


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