quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Negue-se a si mesmo e siga à Cristo



É muito comum, principalmente nos dias de hoje, escutarmos de algumas pessoas ditas cristãs as expressões "Eu amo Deus acima de tudo", "Eu amo Jesus" , "Deus é tudo em minha vida", entre outras. No entanto, o que  me deixa triste é ver que tais pessoas que usam estas expressões no dia-a-dia , não sabem o que na realidade significa "amar à Deus acima de tudo"  visto que grande parte delas ainda não fizeram o que Jesus  Cristo nos recomendou em Lucas 9:23, que é o  "negar-se a si mesmo".

                                    O QUE SIGNIFICA NEGAR-SE A SI MESMO ?



Em Lucas 9:23 está escrito " E dizia (Jesus) a todos : Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. " 

Negar-se a sim mesmo é abandonar tudo aquilo que praticamos que não tem a aprovação de Deus. E estas práticas que não tem a aprovação de Deus são conhecidas como obras da carne, e são : adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, entre outras (Gálatas 5:19-21). Negar-se a si mesmo  é viver para Deus, amar à todas as pessoas, andar de acordo com as Escrituras, imitar à Cristo e  está disposto à sofrer pelo evangelho.



O maior exemplo de renúncia é visto no próprio Cristo , vejamos :

(...) Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;(...) (Mt 6:10)

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz  (Fl 2:5-8).

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. (Jo 6:38)

O próprio Cristo sendo Deus, negou a si mesmo. Jesus por um momento, abriu mão de alguns dos seus atributos  para fazer a vontade do Pai . O mais interessante é que o Apóstolo começa dizendo que o mesmo sentimento que houve em Cristo , também deve ser evidenciado em nossas vidas . E que sentimento é este? "O negar-se a si mesmo" .


                                             SIGA À JESUS EM VERDADE

Seguir à Jesus em verdade implica reconhecer que devemos carregar uma cruz a cada dia. No final do texto de Lucas 9:23, está escrito : "(...) tome a cada dia sua cruz, e siga-me(...) . Caro leitor,  a palavra "cruz" fala de sofrimentos, perseguições, afrontas, calúnias ou qualquer outro tipo de dificuldade existente. Tomar à Cruz é suportar todas as dificuldades por amor de Cristo , é escolher a porta estreita que conduz  à Deus e é ser participante das aflições de Cristo por amor ao evangelho da graça(Lc 9:23, 2 Co 1:5, Cl 1:24,1 Pd 4:12). Na verdade,
 é um privilégio ser  participante das aflições de Cristo !


Infelizmente, mensagens que 
não apresentam a cruz e que são pregadas por alguns hoje em dia, tem enganado à muitos . Hoje a mensagem da graça de Deus é trocada por mensagens de "prosperidades materiais" e pelo "evangelho de facilidade". Tais mensagens vão de encontro ao evangelho ensinado por Cristo e os Apóstolos. 

Amado Leitor, de acordo com as Escrituras , não basta  esbravejar  "Eu amo Jesus", é preciso muito mais que isto. É necessário renunciar o mundo de pecado se separando daquilo que Deus detesta. Esteja disposto à sofrer pelo Evangelho de Cristo, prove o seu amor para com Cristo obedecendo os seus mandamentos. Busque-o todos os dias!


Soli Deo Gloria


Álvaro Rodrigues

domingo, 20 de janeiro de 2013

A Igreja Católica Romana nos deu a nossa bíblia?

                             

É comum católicos romanos dizerem que foi a sua igreja que nos deu a Bíblia. Eles muitas vezes dizem isso quando estão defendendo a sua "Sagrada Tradição", de forma que eles possam defender doutrinas não bíblicas, como purgatório, penitências, indulgências, e adoração a Maria. Eles com frequência dizem que a única forma que a igreja cristã teve para saber quais livros seria incluídos no Canon das Escrituras foi através do boca-a-boca da igreja primitiva; ou seja, pela tradição da Igreja Católica.

Infelizmente, esse argumento implica em dizer que a tradição é superior às Escrituras. Note que não estamos dizendo que a Igreja Católica Romana ensina que tradição é maior do que as escrituras. Mas quando alguém diz que a Sagrada Tradição foi a forma pela qual as Escrituras foram dadas, então claramente isso quer dizer que a Tradição abençoou e aprovou a Bíblia. Hebreus 7:7 diz, "Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior." Ao dizer que a tradição católica que nos deu A Bíblia, criamos um efeito psicológico infeliz: elevamos a tradição a um nível superior do que é permitido nas escrituras. Na verdade, a Bíblia diz o contrário:

"Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro." (1 Co 4:6)

A Bíblia nos diz para obedecer a Palavra de Deus, para não ir além do que está escrito, para que não erremos a respeito da verdade. O problema com o status elevado que a Igreja Católica dá à Tradição é que esse status resulta em justificações de várias doutrinas não bíblicas, como rezar para Maria, purgatório, indulgências, obras de justiça, etc. Tendo se desviado das Escrituras, a igreja se aventurou em áreas não-bíblicas. De qualquer forma, a Igreja Católica Romana nos deu a Bíblia? Não.

Em primeiro lugar, a Igreja Católica Romana não existia de fato como organização nos primeiros dois séculos da Igreja Cristã. A igreja cristã estava sob perseguição, e encontros de igreja oficiais eram bem arriscados no Império Romano. Catolicismo, como organização cuja figura central está localizada em Roma, demorou a acontecer, apesar de católicos dizerem que o primeiro papa foi Pedro.

Em segundo lugar, a Igreja Cristã reconheceu o que era parte das Escrituras. A Igreja não o estabeleceu. Isso é uma diferença muito importante. A Igreja Cristã reconhece o que Deus inspirou, e pronuncia esse reconhecimento. Em outras palavras, a Igreja somente descobre o que já era autêntico. Jesus disse "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem;" (Jo 10:27). A igreja ouve a voz de Cristo. Só isso, ela reconhece o que é inspirado e segue a Palavra. A igreja não adiciona nada à Palavra, como a Igreja Católica Romana fez. Logo, a Igreja Católica Romana não está seguindo a voz de Cristo.

Em terceiro lugar, a Igreja Católica Romana não nos deu o Velho Testamento, que é a parte das escrituras que Cristo e os apóstolos citaram e usaram. Se a Igreja Católica quer dizer que nos deu a Bíblia, como eles podem dizer que nos deram o Velho Testamento, que é parte da Bíblia? Eles não o fizeram, obviamente. O fato é que os verdadeiros seguidores de Deus reconhecem o que é ou não inspirado. Os judeus sabiam o que era inspirado por Deus, e eles reconheciam o que Deus havia inspirado. É isso que aqueles que pertencem a Deus fazem.

Quarto, quando os apóstolos escreveram os documentos do Novo Testamento, eles foram inspirados pelo poder do Espírito Santo. Não havia discussão a respeito se os documentos eram ou não autênticos. O que eles escreverem não precisava ser considerado digno de inclusão no Canon das Escrituras por um grupo de homens na Igreja Católica Romana. Na verdade, pensar isso é, em efeito, usurpar o poder natural, e a autoridade do próprio Deus em relação ao Canon.

Por fim, as Escrituras dizem, "sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." (1 Pedro 1:20-21). A Bíblia nos diz que as Escrituras são inspiradas pelo Espírito Santo. Logo, a própria natureza desses documentos inspirados é o que carrega o poder e a autenticidade dos mesmos. A eles não são dados poder e autenticidade através de declarações eclesiásticas.
Conclusão

A Igreja Cristã meramente reconhece a Palavra de Deus (Jo 10:27). A autenticidade dos documentos do Novo Testamento vem da inspiração de Deus, através dos apóstolos, ao invés de vir da declaração da Igreja Católica. Isso é muito importante. A Igreja Cristã reconhece o que Deus ordenou que estivesse na Palavra de Deus através da sua inspiração soberana. Quando a Igreja Católica se coloca como a fonte das Sagradas Escrituras, ela está na verdade se colocando acima da própria palavra de Deus, inspiração soberana. E precisa se arrepender .


Fonte : http://carm.org/a-igreja-cat%C3%B3lica-romana-nos-deu-a-nossa-b%C3%ADblia

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Os evangélicos odeiam Maria ?


Por conta da forte oposição evangélica à Mariolatria católica, muitos católicos tem acusado os evangélicos de desrespeito e ódio à Maria, mãe de Jesus. É sabido de todos que a igreja Católica Romana atribui à Maria vários títulos e honrarias que pertencem unicamente à Cristo e por conta da forte oposição dos evangélicos a tais títulos e honrarias sem o respaldo das Escrituras, somos acusados de ódio à Mãe de Jesus. Entretanto  analisemos  a diferença entre a Maria bíblica e a Maria da tradição Católica Romana , e se tal acusação tem algum fundamento .

                                               
  
                                        MARIA NA TRADIÇÃO CATÓLICA


O documento da igreja católica, Compêndio do Vaticano II, página 109 diz o seguinte: ‘Bem aventurada virgem Maria, invocada na igreja (católica) sob os títulos de advogada, auxiliadora, adjutriz e medianeira " . Pois é, estes são alguns dos muitos títulos atribuídos à Maria na tradição Católica Romana .

Com certeza quem já leu toda a bíblia sabe que nenhum desses títulos tem o apoio da mesma, porém numa atitude de desrespeito à palavra de Deus  muitos tem aceitado tais ensinos  indo além das revelações bíblicas (1 Co 4:6)

A bíblia é clara quanto às verdades de que diante do Pai, Jesus é o único mediador(1Tm 2:5) , intercessor( Hb 7:25 ), advogado(1 Jo 2:1) e Auxiliador(Sl 40:17) 



                                                   MARIA NA BÍBLIA



Não nego a verdade de que Maria foi Bem -Aventurada  mais do que qualquer outra mulher (Lc1:28). Afinal, foi ela  escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador . No entanto ela não foi escolhida por Deus por ser livre do  pecado  como dizem os Católicos , pois ela mesma reconhecia que era pecadora quando orando  reconhece Deus como o "seu salvador"(Lc1:46,47).

  Mas então porque Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus ? 

A resposta encontra-se em Lucas 1:38 : " Eis aqui a SERVA DO SENHOR, cumpra-se em mim segundo a tua palavra . Maria foi escolhida por Deus por ter sido uma serva submissa à vontade dele , e não por ter sido superior as outras mulheres . Ela passou a ser " Agraciada " por conta de sua Humildade já demostrada neste versículo .

Maria como qualquer outra mulher, cometeu falhas. Na festa de casamento em Caná da Galileia Maria quis que Jesus agisse antes do tempo, Jesus porém a respondeu : "Mulher que tenho eu contigo ? Ainda não é chegada a minha hora(Jo 2:3,4). Nesta passagem, Maria agiu da mesma forma que as vezes agimos. Muitas vezes queremos ensinar Deus trabalhar, e queremos tudo no nosso tempo e do nosso jeito. Fica visível então neste versículo que Maria era uma mulher que cometia falhas como qualquer outro ser humano . 



Porque é tão difícil os amigos católicos aceitarem estas verdades? Porque é justamente por não aceitarem o que a bíblia nos ensina a respeito de Maria que eles partem para o julgamento calunioso dizendo que " Os evangélicos odeiam Maria " . Quanta ignorância!




Diante de tudo isto, concluímos dizendo que tais calúnias contra os evangélicos não procedem. Maria foi uma mulher de Deus e é digna do nosso respeito . Ela foi , e continuará sendo um espelho para todos aqueles que desejam ser servos do Altíssimo. Imitemos pois, a sua humildade e submissão .

Soli Deo Gloria


    
Álvaro Rodrigues               

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Conservador, mas não Legalista




Não podemos negar que, no esmerado zelo para manter os padrões santos da Igreja frente a ameaça mundana que bate à nossa porta, muitos dos nossos tem aberto as portas ao legalismo e negligenciado a graça. A graça é a manifestação do amor de Deus. É doutrina eterna (1.º Co. 13.13; Tt. 2.11). Este o grande diferencial do Cristianismo das religiões deste mundo.

A luta pela preservação dos marcos antigos tem respaldo bíblico (Dt. 19.14) , mas muitos tem abusado desse respaldo para criar preceitos além da Bíblia. Pior: para supervalorizar a tradição em detrimento da graça.

Sou assembleiano desde o berço. Aprendi na infância a diferença básica entre doutrina e costume . Enquanto aquela é eterna e universal, este é temporal e regional. Aprendi também que uma boa doutrina gera um bom costume. Este é o abecedário que tem marcado a característica de nossa gloriosa Igreja ao longo desses 90 anos.

A Doutrina Bíblica é sistêmica. Não é pré-textual. Não se pode pegar uma citação bíblica de uma carta paulina e aplicá-la como doutrina, sem estabelecer uma relação de tal citação com toda a Bíblia. Por exemplo, a expiação é uma Doutrina porque, uma vez confrontada ao longo da Bíblia, vamos verificar que ela encontra respaldo com o sacrifício que Deus fez para vestir o homem e a mulher (Gn. 3.21), com o Cordeiro que Deus providenciou para substituir Isaque (Gn. 22.8,13), com o Sistema Levítico (Lv. 16) e finalmente com a Cruz de Cristo (Jo. 1.29; Rm. 3.24). Se determinada recomendação não é compatível com Sistema Bíblico, não é doutrina. Poderá ser pretexto ou, no máximo, costume.

A observação sectária de costumes sem a compreensão e aplicação da graça e do amor é inútil. Pasmem! mas tal deslize é consuetudinário em nosso meio. Essa visão equivocada é tão viva entre nós que invertemos a ordem das coisas. Por exemplo, quando falamos da tríplice constituição do homem, ao invés de falarmos espírito, alma e corpo, falamos corpo, alma e espírito. Isto é uma demonstração clara de que valorizamos excessivamente o exterior do corpo. A santificação exigida em 1.º Ts. 5.23 começa no espírito e prossegue até o corpo. Isto indica que a obra do Espírito começa realmente no interior e não acontece sempre simultaneamente na alma e no Corpo. A mudança exterior antes da mudança interior é anomalia religiosa, não é santificação.

A obra do Espírito na vida da pessoa que se entrega a Cristo é perene. Temos facilidade de fazer juízo de valor sobre determinado irmão porque ele não se adéqua aos nossos estereótipos clericais e não vemos que o Espírito Santo se move em seu interior. Tentamos criar limitações à graça de Deus com prerrogativas não-bíblicas, pois só somos ‘espirituais’ para observar o exterior. Se este estiver de acordo com o que pensamos, tudo bem. Alguém pode dizer que o exterior reflete o interior, mas não essa visão que Jesus teve dos fariseus ao chamá-los de Sepulcros caiados (Mt. 23.27). Nem sempre o exterior reflete o interior. Jesus não quer somente o coração, como dizem os liberais. Ele nos quer por inteiros. Mas não adianta nada Ter um exterior “enquadrado” e Ter um interior sem graça e amor.

Legalismo no sentido literal é o apego à letra, das proibições impostas pela norma. Os legalistas acham são salvos, por esforço próprio, porque deixaram de fazer isto, de tocar naquilo de não vestir aqueloutro ou de usar o cabelo dessa ou daquela forma, e assim minimizam a graça. Alguém preceitua que tal comportamento é a diferença entre o justo e o ímpio, mas a Bíblia diverge dizendo claramente que a diferença entre o justo e o ímpio é que enquanto este pratica obras da carne, aquele produz o Fruto do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl. 5.22). Este é o verdadeiro sinal do salvo. O legalista é capaz de desprezar alguém simplesmente por não está ‘enquadrado’ em seu sistema, não obstante ter esse alguém as características maravilhosas do Fruto do Espírito. Assim, comprovasse quão mortífero é o caldo do legalismo, como diz Malcolm Smith.

Basicamente as disciplinas legalistas se baseiam no exterior. Você já viu alguém ser discipinado por inimizade? por maledicência? por inveja?, por facções grupinhos na igreja? Alguém já foi cortado da comunhão porque não ama a seu irmão? Agora tenho certeza que você conhece pelo menos um caso em que uma pessoa foi disciplinada por uma conduta que jamais seria motivo de Jesus discipliná-la. Ah mais isto é Jesus! Mas não é a ele que dizemos imitar?

O legalismo deixa de praticar determinada conduta para obter méritos diante de Deus. O homem espiritual deixa de praticar a mesma conduta para agradar a Deus. O legalista jamais pode ser espiritual, pois no seu íntimo pensa em seus esforços como mecanismo de se chegar a Deus. O homem espiritual reconhece sua fraqueza e inutilidade, sabe que só pode chegar a Deus por causa da Graça. Philip Yancey conceituou bem esse aspecto: “Não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais. Não há nada que eu possa fazer para Deus me amar menos”. Mas o legalista insiste: “eu tenho que pagar o preço”. Como diz o irmão Francisco Daniel, o espiritual prega a “Doutrina” (conteúdo bíblico que produz vida), o legalista prega a “Dotrina”, (preceitos baseados no exterior).

O homem espiritual preocupado com a pressão do mundo à porta da Igreja, resiste contra o mundanismo e resiste na fé, pregando a Palavra e a mudança interior, para que, produzindo o Fruto, o cristão possa dizer não àqueles que querem converter a graça em dissolução. A ação desse homem é pelo Espírito. Este é o conservador.

De pronto rejeito o liberalismo, mas quero dizer que o cristão autêntico é conservador e espiritual. O legalista é apenas conservador, dizima a hortelã, o endro e o cominho, mas esquece a justiça, a misericórdia e a fé (Mt. 23.23). Sejamos conservadores, mas nunca legalistas.


Jossy Soares é cristão, membro da Agência Pés Formosos e advogado em Cuiabá-MT.

Fonte : http://www.pesformosos.org.br/?pg=ver_artigo&id=404&t=conservador-mas-nao-legalista

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Que o amor a Deus seja verdadeiro


Os que amam em impureza e perversão , que buscam apenas o puro gozo e buscam em Deus seus próprios interesses , esses não amam e louvam sua exclusiva bondade, mas buscam seus próprios interesses e querem saber apenas até que ponto Deus é bom para eles, ou seja, em que medida lhes revela sua bondade de modo perceptível e os beneficia . Esses o têm em alta estima , são alegres , cantam e louvam enquanto dura esse sentimento . 

Quando , porém , Deus se oculta e 
retira o esplendor de sua bondade , deixando-os no desamparo e na miséria , acaba-se também seu amar e louvar , não sendo capazes de amar e louvar a bondade pura e imperceptível como ela se encontra oculta em Deus . Com isso, demostram que seu espírito não se alegrou em Deus , seu salvador , e que não existiu um verdadeiro amar e louvar da pura bondade de Deus .

Demostram mais prazer na salvação do que no salvador ; mais nos dons do que no doador ; mais na criatura do que em Deus .Pois não são capazes de permanecer iguais na abundância e na carência , na riqueza e na pobreza , com diz São Paulo : " Aprendi a poder ter abundância e a poder sofrer carência " (Fp 4:11s.).

Martinho Lutero
Obras selecionadas Vol . 6 pagina 33